Você é o tipo de pessoa que não consegue dizer “não” para ninguém? Tenta resolver todas as coisas ao mesmo tempo, promete mais do que pode e o resultado acaba sendo você falhando em dar conta de suas promessas e de seus próprios problemas, não é mesmo?!
Esse padrão de comportamento, “eu dou conta de tudo”, que muitas vezes, por termos uma cultura onde as pessoas precisam ser altamente produtivas e eficientes, é visto como uma coisa boa. Mas na verdade não é. Pessoas que que se habituaram a agir dessa forma nem sempre conseguem avaliar a extensão e a real complexidade do problema que se propuseram a resolver.
Quem passa por isso geralmente participa de alguma atividade que envolve ajuda, seja na área da saúde ou trabalho voluntário. Já existe um diagnóstico para essa condição, chama-se burnout da empatia (esgotamento da empatia), encontrado também como fadiga da compaixão.
Características como: esgotamento físico e emocional, irritabilidade, mudanças de humor, problemas de concentração e memória, baixa autoestima, ansiedade e depressão fazem parte do quadro clínico. Há um quadro subclínico que não apresenta propriamente todas essas características, mesmo assim está presente em muitas pessoas que nem se dão conta que precisam de ajuda.
Essas pessoas chegam a ficar anos emocionalmente exaustas por um motivo: acham que ajudar os outros é mais importante do que ajudar a si mesma. Para elas é como se fosse uma grande virtude lidar com qualquer tipo de problema, mesmo que a consequência seja sofrer danos emocionais e até mesmo físicos.
Na prática
Há uma pessoa cheia de boa vontade, mas que não consegue administrar todas as tarefas que se comprometeu a fazer. Como isso, ela falha de forma desastrosa e se culpa, sofre, mas logo entra no ciclo novamente.
No íntimo
Se a pessoa que acha que dá conta de tudo pudesse apenas parar e ter mais compaixão consigo mesma, reconhecendo seus limites de modo mais honesto, seria um gigantesco passo. Ela abriria um caminho para reconhecer também sua vulnerabilidade, pedir e aceitar ajuda. Isso sim seria um verdadeiro ato de generosidade, consigo mesma e com os outros.
Quando reconhecemos e aceitamos nossas limitações é possível entender do que realmente damos conta e do que não. Assim carregamos pesos possíveis, levando vidas mais leves e plenas.
Texto adaptado: Papo de Homem
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