Será que estamos exagerando no diagnóstico de uma tendência inofensiva? Ou existem efeitos colaterais sociais e psicológicos graves no horizonte? A tecnologia precisa estar a nosso favor e a benefício da sociedade. Que tal se, em vez de postar constantemente o próprio retrato, postássemos imagens com informações culturais ou compartilhássemos projetos sociais importantes? Isso sim seria muito útil à sociedade. Porém não será através da postagem de milhares de fotos de si mesmo que se estará colaborando com a melhoria da vida no planeta. É necessário construir uma sociedade menos individualista e menos egocêntrica, colaborando para que as redes sociais possam ter sobretudo uma função de contribuição para a sociedade!
O nosso avanço espiritual consiste, exclusivamente, na forma de ver a vida, e isso nada mais é do que a demonstração de uma nova visão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. O sentimento de inferioridade ou de baixa autoestima associa os viciados nas selfies a uma auto-exposição exagerada, a uma autonegligência ou desmazelo das coisas pessoais.
A incapacidade de avaliação do senso de autoconhecimento é também decorrência do sentimento de inferioridade, que nos remete à vivência entre “hábitos egoísticos” e a uma “hibernação dos sentimentos”. Portanto, o máximo sentido de nossa atual encarnação deve ser a conscientização da prosperidade de nosso mundo íntimo. Somos essências grandiosas à procura da perfeição relativa, cuja porta de entrada é o autodescobrimento.
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